quarta-feira, 24 de março de 2010

Rodrigo TX não para, pede muitas desculpas e continua na aposta


A vida de um skatista profissional top não é fácil. Pra quem acha que viver do skate é se divertir fazendo o que gosta, viajando, ganhando material e ainda recebendo salário pra isso, as coisas não são tão simples quanto parecem. Há muita responsabilidade e pressão envolvida.

Rodrigo de Arruda Teixeira, o TX, pode ser considerado, sem sombra de dúvida, um dos grandes nomes do skate mundial. E não é por títulos de campeonatos. Seu skate é assunto em qualquer roda de conversa de skatistas de todo globo. Todos os meses ele está simultaneamente em diversas revistas. Com manobras e situações diferentes, claro.

Sua primeira parte impactante foi no Menikmati (2000). Foi o bastante para que explodisse e abrisse as portas do mercado norte-americano para que se profissionalizasse. Seus produtos pela éS footwear e The Firm venderam bastante, auxiliados pelo duro trabalho de Rodrigo indo à turnês e filmando para os vídeos.

Uma vez chegando ao topo, difícil é se manter por lá. E, com o foco em produzir partes em vídeos, Rodrigo teve a dura missão de fazer partes que se auto-superassem com o decorrer dos anos. Isso é a evolução do skate. Ano após ano, Rodrigo é um dos skatistas que ditam a tendência do skate de rua mundial.


Sua última parte lançada, do Extremely Sorry (2009), mostra um skate maduro. Manobras com muita segurança, com impulsão fenomenal. Um trabalho que durou aproximadamente cinco anos. O resultado final agradou Rodrigo e foi um vídeo que ele se orgulha muito de ter participado.

Com a extinção da marca The Firm, ele, Bob e Lance Mountain migraram para a Flip. O time já filmava para o Extremely Sorry há um ano quando houve a fusão. A marca prorrogou o prazo das filmagens, e nesse meio tempo, mais mudanças no time: a saída de Arto Saari e a entrada do Luan Oliveira.

Mesmo sendo de uma das principais equipes de skate, da cena, Rodrigo mantém uma humildade impressionante. Ele diz que ainda “fica em choque” quando começa uma turnê com os companheiros. “Eu vou nas tours e levo uns dois dias pra me sentir à vontade”, confessa. E, ao contrario do que eu imaginava, me diz que a molecada nova, Luan, Louie Lopes, David Gonzales, é quem mais se sente natural nas viagens. Mark Appleyard e Geoff Rowley também são reservados nos primeiros dias.

Mas além da Flip, Rodrigo integra outros times de peso. A éS footwear, de tênis, e LRG, de roupas. Essa última, lançando seu primeiro vídeo de skate no dia primeiro de abril.

"Give me my money Chico" levou quatro anos para ser produzido, e os skatistas da marca visitaram vários países. Além do Brasil e EUA, andaram na China, Austrália e Europa. A última parada do diretor Anthony Claravall, antes de hibernar na ilha de edição, foi no Brasil, onde passou algumas semanas filmando os três brasileiros do time, Rodrigo Gerdal, Rodrigo TX e Adelmo Jr.

Com o lançamento de "Give me my money Chico", Rodrigo mostra porque está no topo da cena mundial. São poucos os skatistas que ousaram apostar duas partes em menos de seis meses. Mas, pensando bem, no "Cant`t Stop" (2003), ele teve duas partes num mesmo vídeo.


Eu aposto que ele vai botar todo mundo no bolso, Chico. Dá a grana pra ele!


Credito: ESPN/ Sidney Arakaki

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