Vem aí livro da Def Jam, o selo mais influente do Hip Hop
“É a história da Def Jam contada por seus executivos e artistas,” diz o release. O volume inclui também fotos de: Annie Leibovitz, Albert Watson & Glen E. Friedman.
A Def Jam foi fundada em 84 por Rick Rubin, um roqueiro cabeludo, e, Russell Simmons, fã de rap com tino comercial aguçado.
Foram os caras que primeiro fizeram o rap voar alto. Apesar da repercussão dos primeiros hits de Grandmaster Flash e Sugarhill Gang, a cultura hip hop ainda era vista como um modismo passageiro naquele tempo.
Mas aí chegaram 'Rubin e Simmons' com Run DMC, LL Cool J, Beastie Boys e (um pouco depois) Public Enemy (o único que não era do Def Jam era o Run DMC, contratado pela Profile; mas era produzido por Rubin e empresariado por Simmons).
Era o hip hop tocando no 'Madison Square Garden', assinando contrato milionário com a Adidas e gravando álbuns consistentes e elogiados pela crítica. Era o hip hop conquistando milhões de jovens brancos de classe média.
Simmons é hoje o terceiro homem mais rico da milionária indústria em que se transformou o hip hop americano. A Def Jam nunca perdeu o fio. Dos anos 90 pra cá, só pra ficar em três exemplos, colocou no mapa ninguém menos que Jay-Z, Kanye West e Rihanna.
“Sem o hip hop, não teríamos Obama”, disse ele ao The Guardian. “Não são apenas os garotos negros. Garotos brancos que cresceram com o hip hop têm posição política progressista. O hip hop influenciou a geração que ajudou a colocar Obama na Casa Branca.”
O quanto de “política progressista” consegue resisitir às doses maciças de materialismo, homofobia e outras coisas do gênero, é papo para outro (grande) post.
Mas o que fala Simmons faz total sentido. Os EUA dos últimos 25 anos é uma nação definida em grande parte pelo hip hop (e isso também vale para seus inúmeros e ferozes inimigos).
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